AGOSTO, MÊS DA VISIBILIDADE LÉSBICA



Nós, lésbicas
Somos duas mulheres,
Dentro de uma relação,
Não existe papel de homem!
Existe duas mulheres que se amam,
Se completam,
Com suas diferenças ou não,
Não necessitamos jamais 
Do estupro corretivo,
Precisamos de respeito,
E do fim da cultura machista,
Somos o que queremos ser,
Livres por direto 
Amar sem preconceito
Conquistando nosso espaço,
Somos guerreiras,
Pois os olhares maldosos,
Nos perseguem,
Nós apenas seguimos 
Tendo a coragem
De assumir nossa sexualidade
Mês da visibilidade lésbica
Mizaelle Almeida

Agosto é o mês em que discutimos a invisibilidade lésbica, pois, apesar de serem incluídas nas lutas LGBTQIA+ não significa que esse grupo de mulheres esteja plenamente representadas. Embora haja pautas comuns entre todos os grupos representados nessa sigla há, também, questões particulares que passam despercebidas em cada um dos grupos. 
Nos dias atuais ainda são comuns os chamados estupros corretivos, isto é, violências sexuais cometidas por homens com pensamento e conduta preconceituosos que, tomados de machismo, têm a fantasia de que a mulher cuja orientação sexual se dirige a pessoas do mesmo gênero, teriam algum problema. As mulheres lésbicas também são motivos de objetificação, o que lhes restringe a expressão de suas personalidades. Veja que a imagem de dois homens em interação afetiva ou sexual é motivo, ainda, de repúdio nas mídias e no imaginário coletivo, enquanto que é mais comum e mais aceito essa mesma cena envolvendo duas mulheres, pois a mulher é, na cultura machista, objeto de consumo e isso vale também para as lésbicas.
Outras questões importantes que precisam ser discutidas e clarificadas são a alta taxa de suicídio entre mulheres lésbicas e peculiaridades de sua saúde que raramente são consideradas. Por exemplo na prevenção das ISTs, existe toda uma campanha envolvendo o uso do preservativo para diminuir os riscos em uma relação sexual, mas essa campanha é pautada pela cultura heteronormativa e machista. Como devem se prevenir as mulheres lésbicas?
E tudo o que as mulheres lésbicas desejam é ser respeitadas. Ouvidas e representadas para que seja enfrentada a cultura da homofobia e a superação da invisibilidade que gera impunidade, perpetua a violência o assédio e o silenciamento.

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